
Reflexões sobre hipertextos.
Você navegou em um hipertexto no último encontro presencial, navegou por outro agora e acaba de criar um seu. Mas... antes disso já havia usado um dicionário? Alguma vez, procurando uma palavra no dicionário, você não precisou buscar o significado de outras? Então você já havia usado um hipertexto. Você já usou enciclopédias para fazer pesquisas? Pesquisando um conceito precisou ir a outro? Então você já havia navegado em um hipertexto sem nem se dar conta do fato. Este termo quase novo, “hipertexto”, como você viu, refere-se a textos que podem ser lidos em muitas ordens diferentes.
Um romance, em geral, não é um hipertexto. Quase sempre, romances e novelas são criados supondo que o leitor deva começar na primeira página e ir lendo seqüencialmente até a última. Se o texto for bom e cativante, é assim que fazemos. Esta é a principal diferença entre o que chamamos de texto linear e os hipertextos.
Um texto linear é lido de forma seqüencial. Os hipertextos podem ser lidos de muitas formas, em muitas ordens diferentes: várias palavras ou expressões ao longo do hipertexto podem remeter a outros textos ou a outros pontos do mesmo texto. Exatamente com fazemos quando pesquisamos um assunto novo em uma
enciclopédia. Dizemos que esse é um texto não linear porque não há uma linha única para seguir ao lê-lo, mas muitos caminhos possíveis.
Poderíamos terminar por aqui o assunto sobre hipertexto, se achássemos que chegar a uma definição bastaria. Mas não, ler e escrever hipertextos pode ter muitas e diversas implicações para a forma como apresentamos as coisas, como compreendemos o que estudamos e como apresentamos o que sabemos. Vamos, ao longo destas próximas semanas, explorar algumas destas implicações. E prepare-se, porque isso é só o começo: temos certeza de que, conhecendo hipertextos e sendo capazes de produzi-los, sua vida de educador, seja como professor, gestor escolar ou aprendiz, nunca mais será a mesma.
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